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Novo ensino médio: vai ter mais aula obrigatória? Enem será diferente? Entenda o que muda

Publicada em 08/08/2023 às 08:53h

Estadão Conteúdo


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Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta segunda-feira, 7, uma nova proposta para a reforma do ensino médio. O governo federal havia feito uma consulta pública sobre o modelo da etapa após uma série de críticas de entidades, professores e alunos. Entre as principais mudanças, estão o aumento da carga horária básica obrigatória, a redução dos eixos de itinerários formativos (carga flexível do currículo) e a decisão de mudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) só depois de 2024.

O que foi a reforma do ensino médio?

Foi uma mudança no formato do ensino médio (1º, 2º e 3º anos), aprovada em 2017, seguida por todas as escolas, públicas ou particulares. Cerca de 60% da carga horária passou a ser de conteúdos obrigatórios comum a todos, como Português, Matemática e Química. O restante (40%) é a parte flexível, com percursos optativos segundo o interesse do aluno, ou o curso técnico. O jovem pode, por exemplo, fazer técnico em Eletrônica ou aprofundar estudos em Linguagens, além da carga obrigatória.

Por que foi feita a mudança naquela época?

O argumento era de que o modelo anterior (13 disciplinas obrigatórias) era engessado e desinteressante ao jovem. No médio, 90% dos concluintes saem sem saber o que se espera em Matemática e 60%, em Português. Além disso, há altos índices de abandono e a abertura da carga flexível serve ainda como oportunidade de abrir espaço para a formação técnica, muito valorizada, por exemplo, em países europeus.

Quais foram as críticas após a reforma?

Em muitos casos, a queixa era de baixa qualidade dos percursos formativos e tempo insuficiente para as disciplinas obrigatórias, que são cobradas nos vestibulares. Além disso, reclamações sobre a falta de preparação dos professores para ministrar as novas matérias e de infraestrutura para as aulas (laboratórios ou computadores, por exemplo). Várias entidades pediam a revogação da reforma de 2017. O MEC, porém, decidiu fazer a consulta pública para ouvir a sociedade e propor ajustes na reforma.

O que o MEC propôs agora? Vai aumentar o nº de aulas obrigatórias?

O MEC sugere um aumento na quantidade de horas das disciplinas obrigatórias. A reforma previa um total de 3 mil horas, sendo 1,8 mil horas para os conteúdos obrigatórios (comuns a todos), como Português, Matemática e Química. E o restante (1,2 mil) seria a parte flexível, a ser preenchida por um itinerário escolhido pelo aluno ou um curso técnico. Agora, o ministério sugere elevar a carga flexível para pelo menos 2,4 mil horas, sem limitar a carga horária dos itinerários flexíveis.

O que o governo propõe em relação aos itinerários formativos?

A ministério quer ainda reduzir as áreas de itinerários formativos de cinco para três. O ministro da Educação, Camilo Santana, propõe ainda rebatizar os itinerários formativos de “percursos de aprofundamentos e integração de estudos”. Hoje os 5 grandes eixos são:

  • Linguagens

  • Matemática

  • Ciências Humanas

  • Ciências da Natureza

  • Formação técnica

Agora, passam ser:

  • Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza;

  • Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais

  • Formação Técnica e Profissional

Na prática, o modelo proposto divide os antigos itinerários entre as áreas de Humanas e Ciências da Natureza. A terceira área seria o ensino técnico. Antes, havia um itinerário específico para Matemática e outro para Linguagens.

Quem define os itinerários formativos?

reforma deu liberdade para que as redes de ensino ou até as próprias escolas, no caso das particulares, definissem seus itinerários formativos, conforme os interesses dos alunos e a disponibilidade de recursos. É permitido às escolas, por exemplo, firmar parcerias com outras instituições (institutos federais, por exemplo), para ofertar essa carga horária flexível.

A proposta do ministério reduz as grandes áreas dos itinerários, mas não menciona mudanças sobre a autonomia de escolas particulares e redes de ensino. O Conselho de Secretários Estaduais da Educação (Consed) defende que haja no País uma espécie de base dos itinerários formativos, ou seja, um direcionamento maior de como a parte flexível do currículo deve ser oferecida. O MEC diz que pretende, sim, dar maior direcionamento aos itinerários, mas isso será definido com normas infralegais após a aprovação de uma nova lei para o ensino médio.

É obrigado a fazer curso técnico?

Não. O aluno pode optar por uma formação técnica ou um aprofundamento de estudos.

As aulas mudam a partir de agora?

Não, a orientação é que as escolas mantenham seu planejamento original de aulas enquanto a revisão da reforma é debatida pelo Executivo e pelo Legislativo.

 

O que falta para essas mudanças sejam implementadas?

A equipe do MEC pretende consolidar a proposta até 21 de agosto, quando devem ser finalizadas as reuniões com entidades educacionais, para que o texto final de alteração da reforma do ensino médio possa ser apresentado ao Congresso ainda no início de setembro.

Santana ainda disse estudar as mudanças que podem ser feitas sem a necessidade de aprovação de lei na Câmara e no Senado, ou seja, por meio de atos normativos do Executivo, como decretos e portarias.

O Enem muda neste ano?

Não, o exame deste ano não tem mudança em relação ao dos anos anteriores.

Quando o Enem vai mudar?

Ainda não se sabe exatamente. Segundo o ministro, até 2024 haverá cobrança somente das disciplinas obrigatórias, como é hoje. Ele sugere fazer a rediscussão do modelo do exame, para incorporar a cobrança da carga flexível, a partir de 2025.




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