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Retomada de obras em barragens semeia esperança em municípios da Campanha

Com capacidade para irrigar 117 mil hectares, reservatórios de Taquarembó e Jaguari têm conclusão prevista para 2026

Publicada em 26/04/2024 às 14:59h

Gaúcha ZH


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Retomada de obras em barragens semeia esperança em municípios da Campanha
A barragem de Taquarembó terá as obras retomadas nas próximas semanas, com promessa de conclusão em 2026. Jefferson Botega / Agencia RBS  (Foto: foto reprodução)

Um paredão de concreto com 382 metros de comprimento e 25 metros de altura erguido no meio do pampa simboliza a esperança de água abundante para produtores rurais de cinco municípios da região da Campanha. Quase 20 anos após os primeiros estudos, a barragem de Taquarembó, em Dom Pedrito, terá as obras retomadas nas próximas semanas, com promessa de conclusão em 2026. Somado à barragem de Jaguari, cuja construção também será reiniciada em São Gabriel, o reservatório vai garantir irrigação para 117 mil hectares, uma área superior a duas vezes o território de Porto Alegre.

O anúncio de retomada foi feito no início do mês pelo governo do Estado, sete anos após a suspensão dos trabalhos. Em 2017, Taquarembó estava 60% concluída. Jaguari não chegou a parar, mas o ritmo é lento, estando atualmente 70% pronta.

Nessa retomada, serão investidos R$ 248,3 milhões em recursos estaduais e federais. O contrato com a nova empresa responsável pelas obras, a Sultepa, está sob análise do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional em Brasília, e a previsão é de que os operários comecem a trabalhar em maio.

Técnicos da empreiteira vistoriaram Taquarembó há duas semanas. Encontraram no local galpões se desmanchando, um pouco de lixo e muito mato crescendo no canteiro de obras abandonado. A empresa já procura alojamento para os funcionários e começa a preparação para a retomada.

Para terminar a barragem, os operários precisam levantar mais nove metros de muro, chegando a 34 metros de altura, instalar as comportas, limpar a área a ser alagada e replantar boa parte da vegetação suprimida. Também será necessário erguer uma nova ponte entre Dom Pedrito e Lavras do Sul, já que a travessia atual será inundada.

— Esse projeto não para mais. São obras muito importantes para a região, beneficiando quase 250 mil pessoas e permitindo um salto na economia — afirma a secretária em exercício de Obras , Zilá Breitenbach.

Serão beneficiados os municípios de Dom Pedrito, São Gabriel, Lavras do Sul, Cacequi e Rosário do Sul. Estudo da Associação dos Usuários da Água da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria (Ausm) projeta que a economia da região terá incremento anual de R$ 1,2 bilhão. Projeções mostram que a produção de arroz, principal cultura da região, deve crescer 28,7 mil hectares, saltando dos 115 mil hectares atuais para quase 144 mil.

— Com mais água, vamos plantar mais, contratar mais funcionários, comprar mais trator, insumos e equipamentos. Vamos retirar as 99 bombas que puxam água do Rio Santa Maria com licença ambiental precária e cadastrar 238 propriedades para captação direta por canais de irrigação — comenta o presidente da Ausm, Edson Silva.

Além de levar água às lavouras de arroz, soja, sorgo, milho e pastagens, bem como aos rebanhos e pomares da região, o sistema vai garantir abastecimento da rede urbana de Dom Pedrito e Rosário do Sul, beneficiando 80 mil habitantes nos dois municípios. Para alcançar todo o potencial, porém, as duas barragens precisam de 296 quilômetros de canais, cuja construção ainda não tem data.

A previsão da Secretaria de Obras é lançar ainda este ano a licitação dos projetos executivos. Em paralelo, está em andamento convênio junto ao governo federal para estudo do impacto ambiental do empreendimento, cujo prazo de execução é de 18 meses. No total, a construção dos canais está orçada em R$ 400 milhões.

De acordo com a pasta, quando as duas barragens forem concluídas a água será distribuída por canais naturais, como arroios e rios e vertentes, até a conclusão dos canais. A secretaria não informou, porém, quantos dos 117 mil hectares serão irrigados neste primeiro momento.

— Estamos correndo com isso. A ideia era entregar a barragem e os canais, tudo pronto em 2026, mas estamos com os estudos em andamento — diz Zilá.

Vai ser um divisor de águas para a região. O município vai produzir muito mais e melhorar a qualidade de vida de quem mora no campo.

Quando toda a obra for concluída, caberá à Ausm manter as barragens e gerir o processo de distribuição dos 116 milhões de metros cúbicos de água estocados em Taquarembó e dos 159 milhões de Jaguari. Atualmente, os produtores não pagam pela água que retiram do Rio Santa Maria nas 99 bombas de captação.

Com as duas barragens funcionando a pleno, a irrigação será cobrada. Ainda não há um modelo definido, mas a ideia da entidade é usar como parâmetro a Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (Aud). Com sede em Camaquã, a AUD tem 395 associados e irriga 20,7 mil hectares na região.

Em Dom Pedrito, a expectativa é de que a obra estimule ainda mais uma economia em expansão. Segundo o prefeito Mário Augusto Gonçalves (PP), o município passou por uma mudança significativa da matriz econômica, até então majoritariamente proveniente do arroz e da pecuária. Agora, há mais renda a partir do crescimento das lavouras de soja, antes restritos a 30 mil hectares ante 50 mil de arroz. Atualmente, são 160 mil hectares de soja e 40 mil de arroz.




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