Caetano trouxe Guerrero para o Inter. Inicialmente, tratado como grande grande contratação, acabou fracassando. Um veterano em final de carreira. Kannemann não deixou ele tocar na bola em vários Gre-Nais. Não marcou gols no clássico. E custou uma fortuna. O Grêmio não tem bala para voos dessa magnitude.
Alexandre Mattos fez grandes trabalhos, assim como Caetano, mas sempre tendo muito dinheiro em caixa. Aí está a diferença de Paulo Pelaipe para os outros dois. Sem dinheiro, na gestão de Paulo Odone, trouxe: Victor, Teco, Souza, Diego Souza. Todos muito baratos. Ainda trabalhou para que Carlos Eduardo jogasse o primeiro semestre, recém saído das categorias de base, para ser vendido por muita grana.
Com Pelaipe, o Flamengo foi campeão da Copa do Brasil quando não havia dinheiro. Foi vice da Libertadores quando o Grêmio estava muito mal financeiramente. Só não foi campeão porque o Grêmio era imbatível. Com ele, o Tricolor conquistou a Copa do Brasil, em 2001.
E, com Pelaipe, o Botafogo-SP teve acesso à Série B neste ano. Para o momento do Grêmio, não tenho dúvidas de que ele é a melhor solução. Ele interessa a uma chapa que concorre à presidência, mas deveria interessar a todos.