O Poder Judiciário do Rio Grande do Sul inicia, nesta quinta-feira (30), a fase experimental de uma ferramenta de inteligência artificial generativa, idealizada para ajudar juízes a analisar autos de processos, sugerindo uma redação automática de relatórios para aproveitamento nas sentenças e decisões proferidas.
A tecnologia está integrada ao Sistema de Peticionamento Eletrônico (Eproc) do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS), usado para incluir documentos, iniciar e consultar processos judiciais.
De acordo com informações da Justiça Estadual, também é esperado do sistema "a correção gramatical de excelência, o que facilita a revisão de minutas", destaca o TJRS.
Pensado conjuntamente pela Corregedoria-Geral da Justiça e pela Direção de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJRS, o projeto usa inteligência artificial generativa, com capacidade de gerar dados originais e ser aprimorada a partir de uso contínuo, e prevê aumentar a precisão e a velocidade das tramitações de processos.
O foco está em ações como "tramitação ágil, resumos e transcrições de documentos e distribuição das ações".
Conforme o relatório apresentado na última quarta-feira (29), o Eproc utilizado pelo Judiciário gaúcho passará também a funcionar em nuvem. Ele foi aprovado nos testes que analisaram a viabilidade técnica desta infraestrutura e sua performance. A avaliação foi realizada por 28 profissionais ligados à área da inovação tecnológica, sendo 18 ligados ao TJRS e 10 vinculados à empresa Amazon Web Services, que participaram do processo avaliativo de maneira voluntária.
“Estamos muito felizes com este resultado da prova de conceito demostrando que o Eproc está pronto para atuar em nuvem”, afirmou o desembargador Alberto Delgado Neto, do TJRS.