Um estudo centralizado no uso e na poluição de água em Porto Alegre diagnosticou que o município consome, em média, seis vezes mais que o necessário indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diagnóstico, intitulado Pegada Hídrica, considerou o abastecimento diário, entre os anos de 2016 e 2019, pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e resultou na análise de 1,8 bilhão de metros cúbicos por ano. Os resultados foram entregues aos representantes da prefeitura da Capital do Rio Grande do Sul, na tarde de terça-feira (5), durante a conferência climática da ONU (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes.
A pesquisa, realizada por órgãos e instituições de meio ambiente, apontaram que:
- São utilizados 328 litros de água por dia, por habitante no município, o equivalente a 720 mil piscinas olímpicas cheias.
- Isso é pelo menos seis vezes a quantidade apontada pela OMS como necessário de uso diário por pessoa, que é de 50 a 100 litros.
"A quantidade de água que Porto Alegre consome para suas diversas atividades, não só o consumo próprio, mas também para a indústria, demonstra que a cidade está demandando mais água do que o necessário. Consequentemente, a gente quer ter aí a qualidade e a condição da água para as próximas gerações", comenta o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
A pesquisa indica ao município medidas como a universalização do tratamento de esgoto, a melhoria da qualidade dos arroios, rios e do Guaíba, além de realização de ações de redução do consumo de água e de perdas na distribuição.