O professor aposentado Davi Rodrigues da Silva sabia que o relacionamento da filha com o namorado não ia bem. Mesmo sem nunca ter ouvido histórias de violência ou queixas dela, decidiu ter uma conversa com o genro. A postura do homem, que durante 12 anos frequentou a casa de Davi, traz ainda mais revolta.
"Ele na maior cordialidade. Frio assim. Eu nunca ia imaginar que o cara ia fazer uma atrocidade dessas aí", diz Silva.
Débora Michels foi encontrada na calçada em frente à casa dos pais em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na sexta-feira (26), com ferimentos que sugerem estrangulamento.
Segundo a Brigada Militar (BM), um homem foi visto em imagens registradas por câmeras de segurança: nelas ele retira o corpo de dentro de um carro e coloca onde foi encontrado. A Polícia Civil acredita que o homem seja Alexander Gunsch, namorado de Débora e principal suspeito do crime. Ele está preso preventivamente desde domingo (28) e confessou.
"Ele disse que eles estavam em um processo de separação e que, na data do fato, eles acabaram discutindo por ciúmes e, a partir daí, segundo ele declarou, a vítima acabou agredindo ele e ele, na sequência, agarrou a vítima pelo pescoço, acabou jogando ela contra o armário e isso, segundo ele, veio ocasionar a morte da vítima. Ele alega isto: conduziu a vítima até o veículo, vieram até Montenegro, mas que os sinais vitais, ele percebeu ao longo do caminho que ela não estava mais viva e ele acabou deixando o corpo lá, a residência dos pais dela", explica o delegado Marcelo Farias Pereira.