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Programa Bem Viver traz estudo que mostra riscos de infecção simultânea por covid e fungos

?Doenças fúngicas são altamente negligenciadas, elas matam mais que tuberculose e malária?, diz coordenador da pesquisa

Publicada em 01/09/2022 às 13:53h

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Programa Bem Viver traz estudo que mostra riscos de infecção simultânea por covid e fungos
 (Foto: Reprodução da web)

Um estudo realizado no Brasil com o apoio de pesquisadores internacionais revela que houve casos de coinfecção por covid-19 e determinadas espécies de fungos em diversos países do mundo, chegando a elevar a taxa de mortalidade para 80% em pacientes nessas situações.

Publicado em agosto deste ano na revista científica internacional Nature Microbiology, o trabalho denominado Covid-19 associada a infecções fúngicas monitorou infecções simultâneas em diversas localidades.

Entre os dados revelados, o caso que mais chama a atenção se trata da coinfecção de covid com a espécie Aspergillus fumigatus. Quando aconteceu, houve uma taxa de mortalidade de 80%. 

Além da aspergilose, doença causada por fungos do gênero Aspergillus, dois outros grupos causam infecções simultâneas à covid. Os Mucorales são responsáveis pela mucormicose, ocorrida sobretudo na Índia e no Paquistão. As leveduras do gênero Candida, por sua vez, causam a candidíase e estão presentes em praticamente todo o planeta.

Em entrevista ao programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato, o pesquisador Gustavo Henrique Goldman, um dos coordenadores do estudo, explica que “o fungo está à espera de uma oportunidade. Quando vê que o paciente fica vulnerável, ele ataca”.

Professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), Goldman complementa que “a covid é uma doença que joga com a modulação do sistema imune do paciente. Uma resposta do corpo para isso é a inflamação. Isso é uma coisa boa, é uma resposta do corpo. Mas, quando há excesso, é algo ruim. Então o médico tenta controlar essa inflamação com um corticoide, por exemplo, ai você dá oportunidade pro fungo”.

Este tipo de medicamento é conhecido por baixar a imunidade do paciente. Cientistas chegaram a alertar, principalmente durante a pandemia, sobre o risco de uso indiscriminado de corticoides, tanto por pacientes quanto por médicos. 

As infecções acontecem, majoritariamente, em hospitais. “Os fungos estão em todos os lugares. Mesmo nos hospitais mais limpos e higienizados, eles estão lá", afirma o professor.

Doença negligenciada 

O que mais preocupa o pesquisador é a negligência com que o tema é tratado.  “As doenças fúngicas são altamente negligenciadas. Os fungos matam mais que tuberculose e malária no mundo”, argumenta Goldman.

Pensando em soluções, o professor acredita que é preciso mais financiamento para pesquisa. Além disso, defende a criação de protocolos de atendimento e prognósticos.

"É muito difícil você diagnosticar uma doenças de fungo rapidamente. Existem alguns diagnósticos que vêm sendo implementados no mundo, mas eles são caros", pontua.

Mundo inexplorado

“Existem de 1,5 a 5 milhões de espécies de fungos. A gente não conhece quase nada”, denuncia o pesquisador. Segundo Goldman, existem pelo menos 200 espécies de fungos que podem causar doenças. 

Ao mesmo tempo, o professor lembra que a versatilidade do reino fungi é impressionante. “Os fungos são os seres vivos mais habilidosos na decomposição. Se não fossem eles, a gente teria uma biomassa enorme na terra", conclui.




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