O número de mortes em decorrência do terremoto que atingiu a Síria e a Turquia em 6 de fevereiro já chegou a 33 mil neste domingo (12), segundo autoridades dos países. Na Turquia, onde a destruição foi maior, foram 29.605 mortos, e na Síria, mais de 3.500 óbitos. No total, quase 93 mil pessoas ficaram feridas.
Os trabalhos de resgate de vítimas soterradas e recolhimento de corpos estão sendo dificultados pelo clima. O inverno rigoroso na região está fazendo com que muitas pessoas que tiveram suas casas atingidas fiquem na rua em meio a neve e chuva em muitos dos pontos onde o tremor foi mais intenso.
Neste fim de semana, a Justiça da Turquia informou que está investigando cerca de 100 pessoas responsáveis por construções irregulares, cuja estrutura teria facilitado a insegurança dos moradores. A região está sob um conjunto de encontros de placas tectônicas, o que torna os terremotos comuns.
De acordo com a própria Justiça turca, o país tem uma série de protocolos de construção para evitar maiores danos diante de abalos sísmicos, mas que raramente são aplicados, o que explica, em partes, a grande quantidade de imóveis que desabaram na segunda-feira (6).
Terremoto
O primeiro tremor atingiu 7,8 graus na escala Richter - usada para medir terremotos. Não há registros de um tremor que tenha ultrapassado os 10 pontos da escala - e foi registrado às 4h17 pelo horário local (22h17 de domingo em Brasília). Outras dezenas de tremores secundários foram registrados em seguida, sendo que um deles chegou a 7,7 graus na mesma escala, o que aumentou o número de estruturas atingidas e os estragos causados.
O epicentro do tremor está localizado próximo à cidade de Gaziantep, a nona maior da Turquia e que fica perto da fronteira com a Síria (a cidade de Aleppo, uma das mais atingidas pelos efeitos da guerra da Síria, fica a cerca de 120 quilômetros, por exemplo). Houve reflexos em dezenas de localidades dos dois países e também em outros, como Chipre, Jordânia, Líbano, Iraque, Geórgia e Armênia.