O curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) figura a lista dos 50 melhores do mundo divulgada na manhã desta quarta-feira (10) pelo QS World University Rankings. O campo de estudo já havia se destacado no ano passado, quando ficou em 48º lugar. Em 2024, caiu duas posições, passando para a 50ª colocação.

A Odontologia é um dos cursos mais fortes do Brasil, segundo o levantamento. Nessa mesma lista, há quatro instituições nacionais. Além da gaúcha, constam a Universidade de São Paulo (USP), que ficou com a 13ª posição global na área, e as Universidades Estaduais de Campinas (Unicamp), em 23º lugar, e de São Paulo (Unesp), na 36ª colocação.

— A proeza do Brasil em Odontologia é particularmente excepcional, um assunto no qual o país é um dos principais destinos de estudo do mundo, juntamente com a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos — observa o vice-presidente sênior da QS, Bem Sowter.

O levantamento é elaborado pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa britânica especializada em educação, e avalia instituições públicas e privadas de Ensino Superior em cinco áreas do conhecimento: Artes e Humanidades, Engenharia e Tecnologia, Ciências da Vida, Ciências Naturais e Ciências Sociais. As posições dadas são específicas para os cursos, tendo um top 50 e um top 100 para cada um.

As universidades brasileiras são destaque no QS World University Rankings by Subject 2024. O país registrou o maior número de cursos da América Latina entre os 50 melhores do mundo em sua área, com 22 programas na listagem, superando o México, presente com 21. No ano passado, as duas nações estavam empatadas na liderança continental.

Mesmo se destacando no número de cursos presentes no top 50 de cada área, o Brasil se saiu pior do que o México em termos de proporção: apenas 7,1% dos 309 cursos analisados entraram para o ranking dos melhores, contra 13,5% dos 156 do México.

No total, 28 instituições de Ensino Superior brasileiras foram avaliadas. A USP foi avaliada como a mais forte entre elas, com 44 cursos entre os 100 melhores do mundo em sua área. A universidade é a terceira da América Latina que mais melhorou no levantamento de um ano para o outro, entre aquelas com 10 ou mais programas classificados. O curso de Educação subiu 24 posições, enquanto o de Contabilidade cresceu 23 colocações.

— Apesar dos obstáculos de financiamento, o desempenho do Brasil na classificação deste ano é uma prova, não apenas de sua resiliência diante da adversidade, mas de sua capacidade de se adaptar, modernizar e progredir — pontua Sowter.