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Política

VEREADORAS SÃO PERSEGUIDAS APÓS DENUNCIAREM SAUDAÇÃO NAZISTA EM SC

Parlamentares do PT e PCdoB foram alvo de ameaças e pedidos de cassação

Publicada em 10/11/2022 às 09:13h

Veja/Por Victoria Bechara


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VEREADORAS SÃO PERSEGUIDAS APÓS DENUNCIAREM SAUDAÇÃO NAZISTA EM SC
 (Foto: foto reprodução)

Vereadoras de Santa Catarina estão sendo perseguidas e ameaçadas após criticarem uma manifestação bolsonarista na cidade de São Miguel do Oeste, no interior do estado. O ato teve repercussão nacional na última semana, após a divulgação de um vídeo que mostrava os participantes fazendo uma saudação nazista.

A vereadora Maria Tereza Capra, presidente do PT no município, passou a ser atacada por moradores depois que fez uma publicação sobre o ato nas redes sociais. No vídeo, ela afirmou que Santa Catarina se tornou berço dos grupos neonazistas do país, disse que os manifestantes repetiram um dos momentos mais dramáticos que a população mundial já viveu e pediu que o Ministério Público investigue o caso.

Em grupos de Whatsapp, bolsonaristas defenderam que a vereadora fosse agredida fisicamente. “Tem que todo mundo ir lá e fazer ela sentir o coro ardido”, “Ela vai engolir as palavras quando sair na rua”, dizem algumas mensagens. “Esse povinho do PT que postou uma insanidade dessas tem que tomar na cara mesmo”, diz outra. Capra também foi xingada de “porca”, “nojenta” e “falsa”. Na página da Câmara dos Vereadores no Facebook, alguns internautas defenderam que ela seja expulsa da cidade.

Além disso, no último dia 3, a vereadora encontrou uma mensagem com xingamentos escrita em seu carro, na frente de sua residência. Ela registrou boletim de ocorrência sobre as ameaças e o material foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina. Com medo, Capra precisou deixar a cidade. Vereadores aprovaram uma moção de repúdio contra ela na Câmara Municipal. Um advogado identificado como Brendo Luiz de Rizzol Barroso formalizou um pedido de cassação do mandato, alegando que a população de São Miguel foi caluniada e difamada.

“Está bem difícil. Meu maior medo é essa perseguição e cassarem o meu mandato. As pessoas estão me pintando como inimiga da cidade, como se eu tivesse sujado a imagem do município. Eu temo que aconteça alguma coisa comigo e com meus filhos”, disse Capra a VEJA.

Em Criciúma, a pouco mais de 600 km de São Miguel do Oeste, a vereadora Giovana Mondardo (PCdoB) foi alvo de um pedido de cassação do mandato pelo mesmo motivo. Ela foi acusada de “dar visibilidade negativa e ofensiva” aos manifestantes e ao estado de Santa Catarina. O pedido, no entanto, foi arquivado por unanimidade na terça-feira, 8.

Providências

 O Ministério Público do estado abriu investigação sobre o ato em São Miguel, mas, apenas um dia depois, afirmou que não houve saudação nazista na manifestação. Numa interpretação para láde heterodoxa, o órgão concluiu que os presentes foram estimulados pelo organizador do evento a estenderem as mãos a fim de “emanar energias positivas”. Um grupo de advogados discordou da conclusão, por motivos óbvios, e pediu que o caso seja investigado pelo Ministério Público Federal. 

Em relação às ameaças contra Maria Tereza Capra, além de registrar um boletim de ocorrência, a defesa da vereadora encaminhou a denúncia a Comissão de Direitos Humanos do Senado. A OAB de Santa Catarina também acompanha o caso.

O presidente Jair Bolsonaro teve 69,27% dos votos em Santa Catarina, superando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que conseguiu 30,73%. Em São Miguel do Oeste, o candidato do PL teve 65,87 % dos votos.




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